quarta-feira, 9 de maio de 2012

Notícias Católicas- 09 de maio de 2012

Por que os católicos rezam o terço? -


Rainha da Paz, rogai por nós!



Durante séculos, a Igreja intensificou a oração do terço em momentos de luta. São Domingos o considerava como uma arma espiritual e os papas chamavam Maria de “vencedora das heresias”, invocando sua ajuda para combater questões que vão do catarismo ao comunismo.


A devoção ao terço foi se desenvolvendo lentamente ao longo de cerca de 500 anos.

O terço é uma oração constituída pela recitação de 50 (até 200) Ave-Marias, em grupos de dez, cada grupo precedido por um Pai-Nosso e concluído com um Glória. Durante o rosário, medita-se sobre os mistérios da vida de Cristo e da sua Mãe.

Ainda que a tradição popular atribua a origem do terço a São Domingos (1170-1221), as pesquisas históricas atuais mostram que a devoção a esta oração se desenvolveu lentamente no tempo. O próprio João Paulo II parecer afirmar isso em sua carta Rosarium Virginis Mariae (2002), que começa recordando que o terço “foi gradualmente tomando forma no segundo milênio, sob a guia do Espírito de Deus”.

Ainda que não se saiba exatamente qual é a história do início do terço, o Pe. Etienne Richer explica, em "Mariology", que, no final do século XI, ou seja, quase um século antes de São Domingos, “já se conhecia e praticava uma devoção mariana caracterizada por numerosas Ave-Marias, com prostrações rítmicas em honra de Nossa Senhora, primeiro em comemoração das suas alegrias, depois dos seus sofrimentos”. O nome “rosário” começou associado a esta prática.

Nesta mesma época, irmãos e monges cistercienses que não conseguiam memorizar os 150 salmos que sua ordem rezava cada semana, teriam recitado 150 Pai-Nossos. Os leigos logo copiariam esta forma de rezar, mas substituindo o Pai-Nosso pela Ave-Maria. O nome dado a esta devoção foi “Saltério de Maria”.

Por volta do ano 1200, diz-se que Nossa Senhora apareceu a São Domingos e lhe disse: “Reze o meu saltério e ensine-o às pessoas. Esta oração nunca falhará”. Domingos difundiu a devoção ao Saltério de Maria e, como afirma o Pe. Richter, esta devoção foi “incorporada de forma divina à vocação pessoal de São Domingos”.

Nas décadas posteriores, o terço e o saltério de Maria convergiram e a devoção assumiu a forma específica que hoje conhecemos: as 150 Ave-Marias se dividem em dezenas e o Pai-Nosso se insere entre elas, assim como se estabelecem os três grupos de mistérios (gozosos, dolorosos e gloriosos).

Em 2002, João Paulo II acrescentou cinco mistérios ao terço, chamando-os de “luminosos”. Ele propôs estes mistérios com o fim de “mostrar plenamente a profundidade cristológica do terço”, ao incluir “os mistérios do ministério público de Cristo entre o seu Batismo e a sua Paixão”.

O terço é a arma espiritual da Igreja que “afugenta os demônios”.

Desde o século XII, a Igreja intensificou a oração do terço nos momentos de dificuldade e tribulação. Em 1569, São Pio V consagrou oficialmente o terço, atribuindo à sua recitação a destruição da heresia e a conversão de muitos pecadores. Pediu aos fiéis que rezassem o terço naquela época “de tantas heresias, gravemente perturbada e aflita por tantas guerras e pela depravação moral dos homens”.

O prolífico Leão XIII (1878-1903), conhecido sobretudo pelas suas encíclicas sobre questões sociais, especialmente a Rerum novarum (1891) – sobre as condições do trabalho –, escreveu pelo menos 16 documentos sobre o terço, incluindo 12 encíclicas.

Esse “Papa do terço” escreveu sua primeira encíclica sobre esta oração em 1883, no 25º aniversário das aparições de Lourdes. No texto, ele recorda o papel de São Domingos e como a oração do terço ajudou a derrotar os hereges albigenses no sul da França, nos séculos XII e XIII. São Domingos, dizia o Papa, “atacou intrepidamente os inimigos da Igreja Católica, não pela força das armas, mas confiando totalmente na devoção que ele foi o primeiro em instituir com o nome de Santo Terço”.

“Guiado pela inspiração e pela graça divinas – prosseguiu o Pontífice – previu que esta devoção, como a mais poderosa arma de guerra, seria o meio para colocar o inimigo em fuga e para confundir sua audácia e louca impiedade.”

Também falou sobre a eficácia e poder do terço na histórica batalha de Lepanto, entre as forças cristãs e muçulmanas, em 1521. As forças islâmicas haviam avançado rumo à Espanha e, quando estavam a ponto de superar as cristãs, o Papa Pio V fez um apelo aos fiéis para que rezassem o terço. Os cristãos ganharam e, como homenagem por esta vitória, o Papa declarou Maria como Senhora da Vitória, estabelecendo sua festa no dia 7 de outubro, dia do santo terço.

Voltando à necessidade do terço em sua época, o Papa escreveu: “É muito doloroso e lamentável ver tantas almas resgatadas por Jesus Cristo arrancadas da salvação pelo furacão de um século extraviado e lançadas no abismo e na morte eterna. Na nossa época, temos tanta necessidade do auxílio divino como na época em que o grande Domingos levantou o estandarte do Terço de Maria, a fim de curar os males do seu tempo”.

Pio XI (1922-1939) dedicou sua última encíclica – Ingravescentibus malis – ao terço, em 1937, o mesmo ano em que escreveu a Mit brennender Sorge, na qual criticava os nazistas, e a Divini Redemptoris, na qual afirmava que o consumismo ateu “pretende derrubar radicalmente a ordem social e socavar os próprios fundamentos da civilização cristã”.

Criticando o espírito da época, “com seu orgulho depreciativo”, o Papa disse que o terço é uma oração que tem “o perfume da simplicidade evangélica”, que requer humildade de espírito.

“Uma inumerável multidão, de homens santos de toda idade e condição, sempre o estimou – escreveu. Rezaram-no com grande devoção e em todo momento o usaram como arma poderosíssima para afugentar os demônios, para conservar a vida íntegra, para adquirir mais facilmente a virtude, enfim, para a consecução da verdadeira paz entre os homens.”

Em 1951, Pio XII (1939-1958) escreveu Ingruentium malorum, sobre a oração do terço: “Categoricamente, não hesitamos em afirmar em público que depositamos grande esperança no Rosário de nossa Senhora como remédio dos males do nosso tempo. Porque não é pela força, nem pelas armas, nem pelo poder humano, mas sim pelo auxílio alcançado por meio dessa devoção, que a Igreja, munida desta espécie de funda de Davi, consegue impávida afrontar o inimigo infernal”.

Para conhecer Jesus é preciso voltar a Maria.

Em 1985, o então cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, admitiu – no livro-entrevista “Informe sobre a Fé”, com Vittorio Messori – achar que a declaração de que Maria é “a vencedora de todas as heresias” era um pouco “exagerada”.

Explicou que, “quando eu ainda era um jovem teólogo, antes das sessões do Concílio (e também durante elas), como aconteceu e acontece hoje com muitos, tinha algumas reservas sobre certas fórmulas antigas, como, por exemplo, aquela famosa 'De Maria nunquam satis' [de Maria nunca se dirá o bastante]".

É oportuno observar que Joseph Ratzinger cresceu em um ambiente muito mariano. No livro “Meu irmão, o Papa”, George Ratzinger comenta que seus avós se casaram no Santuário de Nossa Senhora de Absam e que seus pais se conheceram por meio de um anúncio que seu pai colocou (duas vezes) no jornal do santuário mariano de Altotting. Os Ratzinger rezavam o terço juntos muitas vezes e, no mês de maio, participavam de numerosas celebrações de Maria e do terço.

No entanto, apesar da sua familiaridade com Maria e da devoção mariana, ele não parecia convencido.

Como explica no livro-entrevista, o cardeal, como prefeito do dicastério vaticano, passou por uma pequena conversão. “Hoje – acrescentou –, neste confuso período, em que todo tipo de desvio herético parece se amontoar às portas da fé católica, compreendo que não se trata de exageros de almas devotas, mas de uma verdade hoje mais forte do que nunca.”

É necessário voltar a Maria se quisermos voltar à verdade sobre Jesus Cristo, à verdade sobre a Igreja e à verdade sobre o homem.”

“A oração do terço permite-nos fixar o nosso olhar e o nosso coração em Jesus, como sua Mãe, modelo insuperável da contemplação do Filho – disse Bento XVI em 12 de maio de 2010, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Ao meditar os mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos ao longo das 'Ave-Marias', contemplamos todo o mistério de Jesus, desde a Encarnação até a Cruz e a glória da Ressurreição; contemplamos a participação íntima de Maria neste mistério e a nossa vida em Cristo hoje, também ela tecida de momentos de alegria e de dor, de sombras e de luz, de trepidação e de esperança.”

“A graça invade o nosso coração no desejo de uma incisiva e evangélica mudança de vida, de modo a poder proclamar com São Paulo: 'Para mim viver é Cristo' (Flp 1, 21), numa comunhão de vida e de destino com Cristo.”
Por Karna Swanson
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Frei Cantalamessa: a herança de São Francisco para a nova evangelização - 09/05/2012 - 14:21


O tema "Nova Evangelização e Carisma Franciscano" norteou os trabalhos do Dia de estudo realizado nesta terça-feira, em Roma, promovido pelo Instituto Franciscano de espiritualidade em vista do próximo Sínodo dos Bispos programado para outubro com o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã". Destacamos dentre os conferencistas o Secretário-Geral do Sínodo, Dom Nikola Eterović; e o Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa.

Dar uma resposta adequada aos sinais dos tempos, promover uma cultura mais profundamente radicada no Evangelho: essa é a nova evangelização segundo os Lineamenta do próximo Sínodo dos Bispos, e esse é o desafio para a grande família cristã, a Igreja, composta por Ordens religiosas e de vida consagrada, bem como por jovens, leigos, Movimentos eclesiais chamados a ser protagonistas de um novo modo de anunciar Cristo e a difundir no mundo a alegria de ser seus filhos, como fazia São Francisco.

Nesse contexto, pergunta-se: Qual pode ser a contribuição da espiritualidade franciscana para a nova evangelização? Com a palavra o Frade Capuchinho Pe. Cantalamessa:

"Diria que Francisco é um evangelizador completo: basta pensar que se fazia presente no âmbito mais popular imaginável nos vilarejos da Úmbria, das Marcas e do Lácio (regiões italianas). Depois, aos poucos, foi mais longe chegando até à França, a tantos lugares, e iniciou também o diálogo inter-religioso porque Francisco foi o primeiro a ir falar com o sultão do Egito em termos amigáveis, não de cruzada. Portanto, para nós franciscanos é uma inspiração e creio que a nossa contribuição hoje consiste em recolocar no centro de todo esse esforço não uma ideia, não uma estratégia, mas a pessoa de Jesus Cristo: Jesus Cristo é a explicação de tudo, é a explicação de Francisco, a fonte da qual tudo brotou, a renovação pessoal de Francisco, a sua ação, a Ordem que fundou. Mais do que possamos imaginar, é preciso recolocar a pessoa de Jesus Cristo no centro da evangelização, não uma memória histórica, mas uma pessoa, o Jesus vivo, ressuscitado, aquele que se conhece somente no Espírito Santo."

Como Francisco 800 anos atrás, assim os jovens franciscanos em particular devem sentir como seu o mandato do crucifixo de São Damião: "Francisco, vai e reconstrói minha Igreja", com a coragem dos primeiros cristãos, mas não sem antes ter feito uma profunda experiência de Deus.

É tarefa dos cristãos diante da nova evangelização levar esperança e fazer autocrítica, ser unidos na transmissão da Palavra de Deus, aceitando colocar-se diante do ateísmo mais agressivo ou da extrema secularização.

Portanto, transmitir, trazer a fé também a exemplo de Francisco e de tantos outros santos, bem como de famílias, educadores e evangelizadores que sejam críveis nisso, testemunhas em primeira pessoa do Evangelho que precisa radicar-se de modo novo num mundo diferente.
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Comunidade Shalom em Roma: festa para os 30 anos e pela JMJ Rio 2013 - 09/05/2012 - 14:00


Na tarde desta quarta-feira, no Capitólio, em Roma, aconteceu uma coletiva de imprensa para a apresentação do evento “Halleluya” da Comunidade Shalom, em homenagem a seus 30 anos de fundação. O “Halleluya”, muito prestigiado pelos jovens do nordeste, em especial Fortaleza – sede da Shalom – acontecerá pela primeira vez fora do Brasil: no próximo sábado, dia 12, a música e a alegria brasileiras vão ser apresentadas para o mundo em Roma.

O palco do espetáculo será a Praça Farnese, no centro histórico da capital italiana, entre as 16h até as 23h. O “Halleluya” também será uma oportunidade especial para apresentar a Jornada Mundial da Juventude, que vai acontecer no Rio de Janeiro em 2013. Em 2007, a Comunidade Shalom recebeu o reconhecimento pontifício e, agora, teve seu Estatuto aprovado pela Santa Sé. Nosso colega Silvonei José entrevistou o fundor da Comunidade Shalom, Moisés Azevedo.
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Pascom/Salvador realiza encontro em comemoração ao 46º Dia Mudial das Comunicações Sociais - 09/05/2012 - 11:25


Em comemoração ao 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que este ano tem como tema "Silêncio e Palavra: caminho de evangelização", a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Salvador realiza, no dia 12 de maio, a partir das 14h, um encontro com todos os agentes da pastoral, seguido de Missa.

A celebração será presidida pelo coordenador da Pascom Arquidiocesana, padre Manoel Filho, na Igreja Ascensão do Senhor (3ª Avenida, Centro Administrativo da Bahia – CAB).
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Continuam abertas inscrições para a 2ª Semana de Formação Missionária para formadores de Seminário - 09/05/2012 - 11:17


Seguem abertas inscrições para a 2ª Semana de Formação Missionária para Formadores de Seminário, que acontece nos próximos dias 28 de maio e 1º de junho na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília. A formação é realizada pelas POM em parceria com o Centro Cultural Missionário (CCM). Os interessados podem fazer suas inscrições pelos sites das www.pom.org.br ou www.ccm.org.br e remeter ao endereço postal ou eletrônico de uma das instituições.

A dinâmica do curso vai contemplar tema para reflexão com assessor, grupos de trabalho, plenária, palavra do assessor, fila do povo, considerações finais do assessor e experiências missionárias.

Durante os dias de formação serão pauta do encontro os seguintes temas: “A dimensão missionária no atual contexto da formação presbiteral” e “Kairós da Formação nos seminários em vista da Missão”. Por fim “Organograma Missionário da Igreja no Brasil (Pontifícias Obras Missionárias, Campanha Missionária, Dia Mundial das Missões, Mês das Missões, Comina, Comires, Comidis e Comipas)”, com assessoria da equipe de padres das POM.

O último dia, 1º de junho, será reservado ao resumo, encaminhamento, avaliação da formação, envio e despedida. As vagas são limitadas e as inscrições serão aceitas por ordem de chegada. Será cobrada uma taxa de R$   350,00 para a inscrição, hospedagem e estadia.
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Papa Bento XVI aprova novos estatutos para a Cáritas Internacional - 09/05/2012 - 10:20


O papa Bento XVI deu a sua aprovação, através do Secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, aos novos estatutos e regulamentos que regem a Cáritas Internacional, organização que coordena 164 agências nacionais católicas de ajuda e desenvolvimento.

O presidente da Cáritas Internacional, cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga, recebeu os novos estatutos, regulamentos e um decreto geral durante a reunião que aconteceu na manhã do último dia 2 de maio, no Vaticano.

O cardeal Rodriguez Maradiaga se disse, àquele momento, ser de muita alegria para a Cáritas Internacional. “Os nossos novos estatutos e regulamentos vão modernizar o nosso trabalho na prestação de ajuda humanitária e desenvolvimento a serviço dos pobres. Irá fornecer um quadro para a realização do nosso trabalho, como parte da missão da igreja”.

A revisão dos estatutos e regulamentos começou em 2007. Eles foram atualizados para refletir a concessão do status canônico legal dado a Cáritas Internacional pelo papa João Paulo II, em 2004.


O secretário geral da Cáritas Internacional, Michel Roy, destacou a gratidão que a entidade sente por Bento XVI ter aprovado os novos estatutos. “Estes novos estatutos e regulamentos mostram que a Cáritas Internacional é uma organização ao mesmo tempo a serviço dos membros da Confederação e da Santa Sé”.

Os novos estatutos e regulamentos estão em vigor desde o dia 2 de maio e podem ser encontrados junto com o decreto geral no site da Cáritas Internacional.
  
 
Fonte:http://www.catolicanet.com/